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Pílula 10 - Tarot e religião - Tarot e a Umbanda como fica isso?

Tarot e Religião


O Tarot e o baralão cigano são uma ferramentas milenares, ricas em simbolismos e arquétipos, que serve primariamente como um oráculo de autoconhecimento, orientação e reflexão. Uma dúvida comum e importante que surge é: Qual a relação do Tarot com a religião?


A resposta direta é: O Tarot, por si só, não é uma religião e para abrir qualquer oráculo não precisa existir vínculo religioso.


Ele é um sistema simbólico (composto por 78 cartas, ou Arcanos Maiores e Menores) que explora a jornada humana, os desafios, as potencialidades e os ciclos da vida, com raízes históricas mais ligadas ao esoterismo, à filosofia e à psicologia (especialmente através dos estudos de Carl Jung sobre arquétipos e o inconsciente coletivo) e o baralho cigano com suas 36 cartas e símbolos do dia a dia, não é diferente.


Tarot e Religião: As Principais Diferenças


  1. Natureza:

    • Religião: É um sistema de fé, crenças e práticas, geralmente envolvendo a adoração a uma divindade (ou divindades), códigos morais, rituais e uma comunidade organizada. Foca-se em um caminho para o sagrado ou a salvação.

    • Tarot: É um oráculo (instrumento de consulta), que funciona através da sincronicidade (coincidências significativas, como a tiragem de uma carta no momento certo). Sua finalidade principal é promover a introspecção e oferecer perspectivas. Pode ter conexão com intuição, espiritualidade, mundo místico, egrégoras diversas, mas não é religioso.


  2. Vínculo com o Sagrado:

    • Muitas pessoas utilizam o Tarot dentro de uma espiritualidade (busca pessoal por sentido e conexão com o transcendente) sem que ele se torne uma religião. A fé do tarólogo ou do consulente pode influenciar a leitura (acreditando que a orientação vem de Deus, do Universo, de guias espirituais, do inconsciente, etc.), mas o sistema de cartas permanece neutro em termos de dogma religioso.


  3. Aceitação Religiosa:

    • Algumas religiões, especialmente vertentes mais ortodoxas do Cristianismo, podem condenar o uso do Tarot (e de outros oráculos), associando-o a práticas de "adivinhação" ou "feitiçaria" que divergem de seus dogmas.

    • Outras linhas de fé são mais tolerantes ou até mesmo integram elementos oraculares em suas práticas, desde que não contrariem seus princípios fundamentais.


O Tarot e a Umbanda: Uma Relação Específica


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A Umbanda é uma religião brasileira com raízes africanas, indígenas e europeias. No contexto umbandista, o uso de oráculos é comum.


O Tarot, assim como o Baralho Cigano ou outros instrumentos, pode ser utilizado em um Terreiro de Umbanda.


  1. Primeiro entenda: Muitos médiuns de umbanda são tarólogos e usam o Tarot em seus atendimentos particulares como uma ferramenta de orientação pessoal, psicológica e espiritual, igual qualquer outro oraculista.


  2. Agora a segunda coisa importante = Oráculo usado Pela Entidade (Na Gira):

    • É aqui que entra a distinção crucial para o seu estudo: quando uma Entidade (como uma cigana) utiliza as cartas em uma consulta, o Tarot não é usado por ela como um oráculo no sentido estrito da palavra (ou seja, como a ferramenta principal de autoconhecimento, busca de orientação e etc, tudo que já falamos acima) para a Entidade, o Tarot (ou qualquer outro objeto usado) é um Elemento de Manipulação Energética e Concentração, igual a capa é pro Exu, ou uma chupeta pro erê. Compreendeu? Isso não impede que o médium estude cartas se quiser, mas não mistura as coisas!


A Ferramenta da Entidade


Para a Entidade, o baralho é comparável a outros "instrumentos de trabalho" que elas utilizam, como:

  • A Capa do Exu: Não são apenas vestimentas ou objetos, mas elementos que concentram e manipulam a energia do médium e do ambiente para o trabalho espiritual.

  • O Cachimbo do Preto Velho: Não é apenas um fumo, mas um veículo para a fumaça (que é um elemento purificador e condensador de energia) e um foco para a concentração.

  • A Chupeta, o Doce ou o Brinquedo do Erê (Criança): São objetos que ajudam a trabalhar a vibração que a Entidade precisa para atuação terrena, facilitando a comunicação e a manipulação energética necessária junto ao humanos.

  • O Tarot: Neste contexto, as cartas são um ponto de concentração para a Entidade, servindo como focos arquetípicos pelos quais elas podem direcionar a energia da consulta, o olhar do consulente no objeto e sua concentração com isso, assim como usaria pedras, runas, velas e outros.


Em resumo, para a Entidade da Umbanda, o Tarot é mais um item de trabalho e concentração do que o oráculo principal e insubstituível. A verdadeira fonte de orientação é o Guia Espiritual manifestado.


Conclusão para Alunos


O Tarot é uma ferramenta de sabedoria e autoconhecimento que pode ser utilizada por pessoas de qualquer ou nenhuma religião.


Seu poder reside na riqueza de seus símbolos arquetípicos e na capacidade de conectar o consciente com o inconsciente.


Ao estudar o Tarot, você está aprendendo uma linguagem universal de símbolos, e é a sua intenção, ética e conexão espiritual (pessoal) que definirão a profundidade e a utilidade de suas leituras.


Lembre-se sempre: Você é o condutor da sua jornada. O Tarot é a lanterna que ilumina o caminho, mas não o caminho em si. Agora clica aqui: https://www.baralhociganobrasil.com.br/cursotaro


 
 
 

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