Histórias de umbanda: 2 histórias de uma cambone emotiva
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Histórias de umbanda: 2 histórias de uma cambone emotiva

Atualizado: 21 de jun. de 2020

Eu tenho muitas e muitas histórias como cambone, incorporada dando consultas, além diversas consultas que eu fiz com inúmeras entidades que gerariam textos e mais textos, sem contar os aprendizados, mas separei duas para vocês que considero especiais pois foram com um médium sensacional: O Sr. João (para quem não conhece, ele é pai do pai Renato do Terreiro do Pai Maneco).

O Sr. João filho de Oxalá assim como eu, não era pai de santo por opção, pois tinha tudo para ser, era um senhorzinho que assim com pai Fernando considero que me ensinou muito e mudou minha história para melhor.

Vou relatar duas histórias com ele.

Primeiro, preciso lembrar o quanto eu chorava nas giras (não preciso falar que isso ainda ocorre né!) e ele sempre tirava um lencinho do bolso pra mim. Todas as giras o seu apoio era fundamental. Estive com ele pouco antes de falecer em sua casa e posso dizer que tem uma luz incrível e sem dúvida faz parte “da gira do TPM em Aruanda”

Mas vamos as lembranças:

A primeira eu estava camboneando o preto velho que ele trabalha. E como sempre, tenho dificuldade em lembrar o nome das entidades, seja de quem for.

Então, sempre após riscar ponto e antes de começar as consultas eu perguntava o nome da entidade, mesmo após muito tempo já camboneando ele.

E foi assim que no começo da gira, o preto velho chegou, riscou seu ponto, conversamos algo, firmou as velas e tudo certo, antes começar a chamar assistência sabendo que algum dos consulentes poderiam querer saber o nome dele, eu já perguntei qual era.

O preto velho dando risada pois já devia estar cansado de todaaaaaaa gira eu perguntar, falou:

“Filha, você é muito inocente, muito ingênua.”

Respondi de prontidão:

“Nem tanto né eu pai, mas gostaria de ser mais.”

Ele retruca:

‘É sim, muito inocenteeeee” e enfatiza a palavra.

Eu já sem entender nada, olho pra ele e falo:

“Meu pai preciso chamar o consulente, já estão apressando, me fala seu nome!”

Ele calmamente retorna:

“Filha você é muito inocente.”

Eu meio sem graça e pensando que ele devia estar bravo porque eu nunca lembro, desisto e vou buscar o consulente.

Conversa vai, conversa vem com o consulente e ele fala que sou inocente novamente e da uma outra risadinha.

Eu prestando atenção em tudo, comecei a pensar que eu devia ser muito inocente mesmo. Foi quando ele olhou para mim e falou:

Filha, você não percebeu mesmo meu nome?

Eu falei:

Até agora não meu pai!

Filha, eu te disse durante todo o tempo, só que só conseguimos prestar atenção ao que realmente queremos e as vezes precisamos ir além do que ouvimos e além da simples mensagem. Tudo pode ser muito mais profundo, não se limite jamais.

Meu nome é pai Inocêncio!

O segundo caso, é com o Exu do Brejo. Pensem em um exu encantador... É ele!

Sem capa, sem muitas tranqueiras, simples e interessante por completo, além de engraçado.

Estávamos lá com um consulente homem, jovem e grandão. E devido ao atendimento, o consulente e eu começamos a chorar. Ele pelo problema que tinha e o que o exu falava e eu por ser bobona. Era algo sério e o clima ficou um pouco tenso.

Foi então que vendo todos chorarem, o exu falou:

Vocês parecem eres chorando, pega ali na minha caixa a sacolinha de erê com a chupeta. E eu prontamente, antes que ele virasse pro lado e continuasse a consulta, me coloquei a procurar a sacolinha na caixa do exu. E procuro e procuro e nada.

O exu do Brejo ficou olhando parado estagnado vendo aquela cena. E um tempo depois eu sem encontrar a tal sacolinha, olho pra ele e vendo ele gargalhar falo:

Meu pai não achei!

E o retorno é claro não podia ser diferente: filha eu sou exu eu não ia ter chupeta e sacolinha de ere, um tridente talvez, não percebeu que eu estava brincando com vocês?

Nisso a cena já tinha sido tão ridícula e engraçada que o consulente já estava rindo, o exu gargalhando e eu depois de entender que fui tapeada, ria e percebia o como ele tinha mudado toda a energia com uma simples solicitação e brincadeira.


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(Foto de Umbanda de Daniel Rebello)



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